25/03/2015 1:53 pm | Atualizado em: 24/04/2019 1:55 pm
Paixão de Jesus – Mc 15,1-39 (abrev.)
Logo de manhã, os sumos sacerdotes, com os anciãos, os escribas e o sinédrio inteiro, reuniram-se para deliberar. Depois, amarraram Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos. Pilatos interrogou-o: “Tu és o Rei dos Judeus?” Jesus respondeu: “Tu o dizes”. Os sumos sacerdotes faziam muitas acusações contra ele. Pilatos perguntou de novo: “Não respondes nada? Olha de quanta coisa de acusam!” Jesus, porém, não respondeu nada, de modo que Pilatos ficou admirado.
Por ocasião da festa, Pilatos costumava soltar um preso que eles mesmos pedissem. Havia ali o chamado Barrabás, preso com amotinados que, numa rebelião, cometeram um homicídio. A multidão chegou e pediu que Pilatos fizesse como de costume. Pilatos respondeu-lhes: “Quereis que eu vos solte o Rei dos Judeus?” Ele sabia que os sumos sacerdotes o tinham entregue por inveja. Os sumos sacerdotes instigaram a multidão para que, de preferência, lhes soltasse Barrabás.
Pilatos tornou a perguntar: “Que quereis que eu faça, então, com o Rei dos Judeus?” Eles gritaram: “Crucifica-o!” Pilatos lhes disse: “Que mal fez ele?” Eles, porém, gritaram com mais força: “Crucifica-o!” Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou Barrabás, mandou açoitar Jesus e entregou-o para ser crucificado.
Os soldados levaram Jesus para dentro do pátio do pretório e chamaram todo o batalhão. Vestiram Jesus com um manto de púrpura e puseram nele uma coroa trançada de espinhos. E começaram a saudá-lo: “Salve, rei dos judeus!” Batiam na sua cabeça com uma vara, cuspiam nele e, dobrando os joelhos, se prostravam diante dele. Depois de zombarem dele, tiraram-lhe o manto de púrpura e o vestiram com suas próprias roupas.
Então o levaram para crucificá-lo. Os soldados obrigaram alguém que lá passava voltando do campo, Simão de Cirene, pai de Alexandre e Rufo, a carregar a cruz. Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota (que quer dizer Calvário). Deram-lhe vinho misturado com mirra, mas ele não tomou.
Eles o crucificaram e repartiram as suas vestes, tirando sorte sobre elas, para ver que parte caberia a cada um. Eram nove horas da manhã quando o crucificaram. O letreiro com o motivo da condenação dizia: “O Rei dos Judeus”! Com ele crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda.
Os que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo: “Ah! Tu que destróis o templo e o reconstróis em três dias, salva-te a ti mesmo, descendo da cruz”. Do mesmo modo, também os sumos sacerdotes zombavam dele entre si e, com os escribas, diziam: “A outros salvou, a si mesmo não pode salvar. O Messias, o rei de Israel desça agora da cruz, para que vejamos e acreditemos!” Os que foram crucificados com ele também o insultavam.
Quando chegou o meio-dia, uma escuridão cobriu toda a terra até às três horas da tarde. Às três da tarde, Jesus gritou com voz forte: “Eloí, Eloí, lemá sabactâni? – que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Alguns dos que estavam ali perto, ouvindo-o, disseram: “Vede, ele está chamando por Elias!” Alguém correu e ensopou uma esponja com vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e lhe deu a beber, dizendo: “Deixai! Vejamos se Elias vem tirá-lo da cruz”. Então Jesus deu um forte grito e expirou.
Nesse mesmo instante, o véu do Santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes. Quando o centurião, que estava em frente dele, viu que Jesus assim tinha expirado, disse: “Na verdade, este homem era Filho de Deus!”