06/07/2023 5:22 pm | Atualizado em: 07/07/2023 12:07 pm
Na oitava sessão da 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta sexta-feira, 21 de abril, foram destaque o Jubileu Ordinário 2025 e a prestação de contas do 18º Congresso Eucarístico Nacional, realizado em novembro de 2022.
A comissão brasileira para o Jubileu Ordinário de 2025, organizado pelo Dicastério para Nova Evangelização, apresentou ao episcopado as informações referentes ao ano celebrativo e as indicações informadas na primeira reunião, realizada em 14 de abril. Os dois subsecretários da CNBB, o adjunto-geral, padre Patriky Samuel, e o adjunto de pastoral, padre Marcus Barbosa Guimarães, representam a Conferência na comissão e recordaram os jubileus ordinários e extraordinário realizados desde 1950.
Foram os Jubileus Ordinários:
O Dicastério para Evangelização criou cinco comissões para conduzir o Jubileu: a Pastoral para pensar as celebrações jubilares para o maior envolvimento do povo de Deus; a Cultural para a idealização e desenvolvimento das atividades culturais; a de Comunicação, que reúne jornalistas, acadêmicos e especialistas em novas tecnologias de comunicação; e a Ecumênica, que irá apoiar o Dicastério na organização de atividades e celebrações, relembrando os 1700 anos do Concílio de Niceia (325). Além das comissões a equipe do Jubileu conta com o Comitê Técnico; Grupo de Trabalho Operacional e os Delegados das dioceses da Itália e das Conferências Episcopais.
A origem dos jubileu remonta às iniciativas do Povo de Deus acolhidas pelos Papas na perspectiva de participar de um caminho que favorecesse o perdão, a reconciliação e as indulgências. No campo ecumênico, em 2025, a data da Páscoa coincide para a busca de um caminho para uma celebração comum.
A comissão reiterou aos bispos a necessidade de dar ênfase ao lema “Peregrinos da Esperança” e citou parte da carta que o Papa Francisco enviou ao arcebispo Rino Fisichella ao nomeá-lo para cuidar do Jubileu:
“Devemos manter acesa a chama da esperança que nos foi dada e fazer todo o possível para que cada um recupere a força e a certeza de olhar para o futuro com espírito aberto, coração confiante e mente clarividente. O próximo Jubileu poderá favorecer imenso a recomposição dum clima de esperança e confiança, como sinal dum renovado renascimento do qual todos sentimos a urgência. Por isso escolhi o lema Peregrinos de Esperança”, escreveu o pontífice.
Outro destaque da apresentação é referente ao logotipo que tem a seguinte explicação: “A Cruz de Cristo é a esperança que nunca pode ser abandonada, porque dela precisamos sempre e sobretudo nos momentos de maior necessidade. A Cruz, em forma de vela, transforma-se numa âncora que se impõe ao movimento das ondas. Um símbolo universal de esperança. As figuras representam a humanidade dos quatro cantos da Terra. Abraçam-se uns aos outros para indicar a solidariedade entre os povos e o primeiro agarra-se à cruz. O mar agitado lembra-nos as dificuldades da peregrinação da vida. Frequentemente, os acontecimentos pessoais e os eventos mundiais impõem com maior intensidade o apelo à esperança. O logotipo mostra o quanto o caminho do peregrino não é um facto individual, mas comunitário, com a marca de um dinamismo crescente, que tende cada vez mais para a cruz”.
Para o Jubileu, o Papa Francisco solicitou dois anos para a preparação e que fossem dedicados a temáticas específicas: o primeiro à redescoberta do ensinamento conciliar e o segundo à oração. Em 2023, redescobrir e compreender as temáticas relativas aos quatro decretos do Concilio Vaticano II: Dei Verbum, Lumen Gentium, Sacrosanctum Concilium e Gaudium et Spes. Em 2024, vai ser o ano da oração. As dioceses são convidadas a promover a centralidade da oração individual e comunitária.
Ao final da apresentação, a equipe brasileira mostrou os links para redes sociais: @jubilaeum25. Ainda para o Jubileu está sendo estudada a possibilidade das portas santas. Ainda não existe uma definição com relação ao hino.
O arcebispo de Olinda e Recife (PE), Dom Antônio Fernando Saburido, e seu bispo auxiliar, Dom Limacêdo Antônio, apresentaram aos bispos as atividades desenvolvidas e a prestação de contas do 18º Congresso Eucarístico Nacional, realizado entre os dias 11 e 15 de novembro de 2022, com o tema “Pão em todas as mesas” e o lema “Repartiram o pão com alegria e não havia necessitados entre eles”.
O ponto central do Congresso foi a inauguração da “Casa do pão” que tem por objetivo atender pessoas em vulnerabilidade na capital pernambucana. O espaço conta com restaurante popular, lavanderia, atendimento social, espiritual e psicológico, capela, banho e descanso. A Casa do Pão quer ser, na arquidiocese de Olinda e Recife, “uma continuidade do Congresso Eucarístico Nacional, sinal de amor aos pobres e de diminuição da desigualdade social”, segundo Dom Fernando.
O arcebispo agradeceu a participação do episcopado e em especial ao Regional Nordeste 2, a Prefeitura de Recife (PE) e ao Governo do Estado que contribuíram cedendo os espaços e contribuindo com recursos e doações diversas.
Foi entregue aos bispos a publicação com os “Anais do 18º Congresso Eucarístico Nacional”, além de distribuídas 80 cruzes peitorais idênticas à de Dom Helder Câmara aos bispos que não puderam participar presencialmente. A sede do 19º Congresso Eucarístico Nacional (CEN), que será realizado de 3 a 7 de setembro de 2027, será Goiânia. Os recursos excedentes da edição de Recife serão destinados à organização da próxima edição.
Fonte: CNBB