28/01/2022 6:14 am | Atualizado em: 28/01/2022 6:14 am
O Papa Francisco tem um grande desejo de que, como humanidade, “possamos reviver em todos a aspiração mundial à fraternidade”. Esse ideal é apontado em sua encíclica Fratelli Tutti e foi lembrado recentemente, quando refletiu sobre a dignidade humana com os participantes da Assembleia Plenária da Congregação para a Doutrina da Fé.
“Se a fraternidade é o destino que o Criador projetou para o caminho da humanidade, o caminho principal continua sendo o de reconhecer a dignidade de cada pessoa humana”, refletiu o Papa Francisco.
O Pontífice contextualizou que em uma época marcada por tantas tensões sociais, políticas e até sanitárias, cresce a tentação de considerar o outro como um estranho ou um inimigo, negando-lhe uma real dignidade. Por isso, como cristãos, somos chamados a recordar, “em todas as ocasiões oportunas e não oportunas” (2 Tm 4,2), e seguindo fielmente um ensinamento eclesial milenar, que a dignidade de cada ser humano tem um caráter intrínseco e é válido desde o momento de sua concepção até sua morte natural”.
Para além de um compromisso cristão, o amor fraterno que se apresenta a partir das reflexões contidas na Fratelli Tutti tem um caráter alargador, no sentido de abrir-se aos outros ao focalizar sua “dimensão universal”.
“Reconheço esta encíclica social como uma humilde contribuição à reflexão para que, diante das diferentes formas atuais de eliminar ou ignorar os outros, possamos reagir com um novo sonho de fraternidade e amizade social que não se limite às palavras. Embora o tenha escrito a partir das minhas convicções cristãs, procurei fazê-lo para que a reflexão se abra ao diálogo com todas as pessoas de boa vontade”, destacou o Papa.
No Brasil, o texto do Papa Francisco tem sido importante instrumento de diálogo entre Igreja e sociedade, transmitindo aos agentes que atuam nas esferas públicas, políticas e acadêmicas a compreensão sobre a abertura ao mundo e aos outros, a amizade social, os caminhos para construção da paz e sobre as religiões ao serviço da fraternidade no mundo.
Fonte: Arquidiocese de BH