26/08/2021 7:47 am | Atualizado em: 26/08/2021 7:47 am
O recurso apresentado pela Arquidiocese de Belo Horizonte, indicando graves e consistentes evidências para a suspensão das licenças concedidas à atividade minerária na Serra da Piedade, foi rejeitado pelo Conselho de Política Ambiental (COPAM). Essa decisão representa um enorme prejuízo, duro golpe ao meio ambiente e à vida. Trata-se de uma irresponsável e cruel agressão a todo conjunto ambiental da Serra da Piedade – fauna, flora, recursos hídricos e habitantes.
É importante destacar, no recurso da Arquidiocese, o parecer da Agência Nacional de Mineração (ANM), contrário à atividade minerária na Serra da Piedade. O parecer é claro: condena o projeto apresentado pela mineradora. Ainda assim, os conselheiros deram anuência para a exploração predatória do Monumento Natural Estadual Serra da Piedade. Além da condenação da ANM, argumentações fortemente fundamentadas na legislação, que indicam erros no projeto, foram totalmente ignoradas.
A mineração que desconsidera a legislação, o meio ambiente, a vida e o bem comum é séria agressão à dignidade humana. Não é possível colocar em risco o bem comum, a natureza e a vida das pessoas, em nome de uma exploração predatória que visa apenas o lucro. Permaneceremos no caminho de contraposição à ganância, para apontar as irregularidades que não contribuem para Minas Gerais e o povo mineiro, buscando a preservação do meio ambiente e da vida. Vamos continuar lutando contra a exploração predatória, buscando a preservação do meio ambiente e a defesa da vida.
Se não houver revisão profunda em todo o processo envolvendo a atividade extrativista e as empresas minerárias vamos continuar convivendo com tragédias ainda mais cruéis – urgentemente é preciso dar um basta a esta nossa triste realidade de lutos, perdas e muito sofrimento provocados pela ganância.
Fonte: Arquidiocese de BH