08/08/2023 7:00 pm | Atualizado em: 08/08/2023 7:07 pm
O Papa Francisco fez o seu último pronunciamento oficial em terras portuguesas para o grupo de voluntários que fez a JMJ de Lisboa acontecer neste ano de 2023. Agradeceu pela “corrida” para servir em nome de Jesus e motivou também a pegar grandes ondas do amor e da caridade, como aquelas das praias de Nazaré: “continuem assim, sejam «surfistas do amor»! Seja o serviço da JMJ a primeira de tantas ondas boas”.
Andressa Collet – Vatican News
Se na missa desta manhã de domingo (6), no Parque Tejo, o Papa Francisco exortou aos jovens que “não tivessem medo”, no último compromisso oficial em Lisboa, no Passeio Marítimo Algés no final da tarde, o Pontífice motivou os cerca de 25 mil voluntários a continuarem em frente com as obras de Deus, com a caridade e o amor. Assim, a agenda de 5 dias do Papa em Portugal chegou ao fim, inclusive já tendo anunciado o destino da próxima JMJ que será em Seul, na Coreia do Sul, em 2027.
Ao encontrar voluntários centrais, paroquiais e de saúde, Francisco reforçou o seu “obrigado” a todos que trabalharam “tanto e bem: tornaram possível estes dias inesquecíveis! Lutaram durante vários meses, de forma escondida, sem barulho e sem protagonismos, para que todos pudéssemos encontrar-nos aqui a cantar juntos”. Um exemplo de serviço feito em grupo, testemunhando o que se viveu na JMJ de Lisboa.
Um serviço de amor gratuito revelado no Evangelho, citou o Papa em discursco, pela Virgem Maria, “que «se levantou e partiu apressadamente» (Lc 1, 39) para servir a prima”; por Zaqueu, “que desce apressadamente da árvore para encontrar Jesus (cf. Lc 19, 6)”; pelas mulheres e pelos discípulos “que, na Páscoa, correm num vaivém do Cenáculo para o túmulo e vice-versa a fim de anunciar que Cristo ressuscitou (cf. Jo 20, 1-18)”. “Quem ama não fica de braços cruzados, quem ama serve e quem ama corre a servir, corre a se empenhar no serviço aos outros”, disse ainda o Papa ao acrescentar: “e vocês correram, heim! Correram muito nestes meses!”. Apesar do cansaço para responder às urgências, os voluntários tinham “os olhos luminosos pela alegria do serviço: obrigado! Vocês fizeram este encontro mundial da juventude acontecer”.
“Correram tanto, mas não numa corrida frenética e sem meta que às vezes caracteriza o nosso mundo, não. Você correram de um outro modo, correram ao encontro dos outros para servir os outros em nome de Jesus. Vocês vieram a Lisboa para servir e não para ser servidos! Obrigado, muito obrigado!”
O Papa então trouxe os testemunhos de Chiara, Francisco e Filipe: “vocês três nos falaram de um encontro especial com Jesus”. Como disse Chiara, quando descobriu que está perto dEle:
“E experimenta-se que um pequeno «sim» a Jesus pode mudar a vida. Mas também os «sins» ditos aos outros nos fazem bem, quando estou para o serviço: no momento do cansaço, vocês se reanimaram e se alçaram dizendo ‘sim’ para servir os outros. Obrigado por isso.”
Já Francisco disse que na JMJ encontrou o que precisava sem nem mesmo estar procurando. Caminhando, trabalhando e rezando com os outros conseguiu colocar a vida em ordem com a ajuda de Jesus e dos irmãos:
“É bonito isso: esta Jornada é útil, ajuda muito a colocar a vida em ordem. Mas por que, graças à Jornada? Não, graças a Jesus, que caminha ao nosso lado e se mostra a nós. Para colocar nossa vida em ordem, não precisamos de coisas, não precisamos de distrações, não precisamos de dinheiro. É preciso dilatar o coração. E se vocês dilatam o coração, colocarão a sua vida em ordem. Não tenham medo: dilatem o seu coração!.”
E por fim, o testemunho de Filipe, que viveu na JMJ “um duplo encontro, com Jesus e com os outros”, sejam eles voluntários do evento ou os companheiros da paróquia de origem, entre idosos e adolescentes da catequese.
Fonte: Vatican News