A Pastoral da Pessoa Idosa, na Arquidiocese de Belo Horizonte, é referência de apoio espiritual e no cuidado com a saúde física e emocional para uma parcela da população frequentemente esquecida pelo estado, pela comunidade e até mesmo pelas próprias famílias. Uma missão realizada com muita dedicação por voluntários que são especialmente capacitados para realizarem esse trabalho. Todos os meses eles visitam os lares dos idosos para evangelizar e servir. Por meio do diálogo, especialmente da escuta, os líderes da Pastoral são orientados a amparar aqueles que necessitam em suas limitações e a incentivá-los a desenvolver suas potencialidades.
Assim, a visita dos líderes da Pastoral, como são chamados os voluntários, é aguardada com ansiedade. Mesmo aqueles que têm saúde e uma vida estável recebem o benefício de uma boa companhia por algum tempo, pois a solidão é um dos problemas mais comuns. Em geral, os familiares precisam sair para trabalhar e a pessoa idosa fica a maior parte do tempo sozinha.
Nilce Ferreira Pires coordena a Pastoral da Pessoa Idosa na Arquidiocese de Belo Horizonte. Junto com outros 26 líderes voluntários da Pastoral visitam periodicamente outros 189 idosos. Segundo ela, um trabalho recompensador. “O sorriso de um idoso nos traz uma felicidade desmedida. Gosto muito de visitá-los”, afirma.
Os agentes da Pastoral da Pessoa Idosa são voluntários que, depois de um período de treinamento, tornam-se líderes. As atividades da Pastoral contemplam uma visita mensal e o acompanhamento da rotina dos idosos. São observados os principais riscos que podem ameaçar o bem-estar das pessoas mais velhas. Quando problemas são identificados, os familiares são orientados a solucioná-los. Durante as visitas, há também momentos para a escuta dos idosos, conversa e oração.
No encontro mensal com os idosos, os líderes preenchem o questionário de Katz, que avalia a condição de cada um deles. Criado em 1963 pelo médico, cientista e educador americano Sidney Katz, o questionário contribui para examinar a capacidade do idoso no desempenho de atividades cotidianas: tomar banho; vestir-se; ir ao banheiro etc. “Dessa forma, é possível perceber o processo de fragilização do idoso”, explica Nilce.
A Folha de Acompanhamento Domiciliar do Idoso também é preenchida durante as visitas dos líderes. Ela permite avaliar os trabalhos e ao mesmo tempo conhecer a realidade das pessoas idosas que recebem acompanhamento. Também é base para estatísticas e estudos da Pastoral do Idoso.
Mensalmente, os líderes da Pastoral também se reúnem para um momento de espiritualidade e partilha de experiências. Dessa forma, identificam problemas comuns e encontram formas de solucioná-los. “São encontros que nos permitem trocar experiências e aprimorar as boas práticas”, explica a coordenadora.
A Pastoral da Pessoa Idosa foi criada pela médica pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann em 199. Segundo sua fundadora, o objetivo é fazer com que os idosos tenham uma vida melhor, mais saúde, mais alegria e possam participar ativamente das comunidades onde estão inseridos.
Fonte: Arquidiocese de BH.